O 16.º caso é uma residente do território, de 19 anos, estudante no Reino Unido, que entrou na cidade na segunda-feira, através do posto fronteiriço da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

A estudante chegou na segunda-feira a Hong Kong, com quatro colegas, dois que estão em Macau e dois na região vizinha. A residente e dois colegas foram “submetidos, pelo pessoal de quarentena dos Serviços de Saúde no posto fronteiriço, a observação médica no domicílio por 14 dias, conforme as medidas” em vigor, indicaram as autoridades em comunicado.

A infeção foi confirmada ao início da madrugada (hora local). “O estado clínico da doente é normal, sem indisposição, está internada na enfermaria de isolamento do Centro Hospitalar Conde São Januário”, acrescentaram.

Os quatro colegas foram considerados como contactos próximos e os dois foram submetidos a isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública, na ilha de Coloane, para observação médica.

Os Serviços de Saúde indicaram ter notificado o Centre for Health Protection (CHP) do departamento de Saúde de Hong Kong e enviaram os dados dos dois residentes de Hong Kong.

O 17.º caso é uma criança, de 11 anos, filho da paciente do 14.º caso, trabalhadora não residente da Indonésia, disseram os serviços.

O doente viajou na terça-feira, com os pais de Jacarta com destino a Hong Kong, e posteriormente para Macau, através da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Por ter um contacto próximo do 14.º caso “foi testado com ácido nucleico (…) e os resultados foram positivos” para o novo coronavírus, estando internado na enfermaria de isolamento do Centro Hospitalar Conde de São Januário e atualmente sem sintomas, indicaram.

O pai manifestou febre, mas o resultado do primeiro teste foi negativo e será testado após 48 horas, de acordo com o mesmo comunicado.

Os Serviços de Saúde deixaram um apelo aos residentes que viajaram nos voos da Singapore Airlines (SQ317) e da Cathay Pacific (CX718) para entrarem em contacto com o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Depois de 40 dias sem novos casos de COVID-19, Macau registou entre segunda-feira e hoje cinco novos casos importados.

Antes, Macau registava dez casos de infeção com o vírus da COVID-19, tendo todos já recebido alta hospitalar.

Na terça-feira entrou em vigor a quarentena quase total para quem entrar no território, de forma a conter casos importados, após mais de um mês sem detetar infeções pelo novo coronavírus.

Esta medida é imposta a todas as pessoas que viajaram em países nos 14 dias anteriores à entrada no território, com exceção da China continental, de Taiwan e de Hong Kong.

Estas duas decisões por parte do Governo de Macau chegam numa altura em que muitos residentes do território regressam a Macau devido ao crescente número de casos de COVID-19 registados na Europa.

Quem regressar de uma zona alta incidência, como é o caso da Europa e dos Estados Unidos, terá obrigatoriamente de fazer quarentena de 14 dias num dos dois hotéis designados pelas autoridades.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes para 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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