A vizinha província chinesa de Guangdong, que registou mais de cem casos locais desde 21 de maio, é o ponto de origem responsável pelo maior impacto turístico e força de trabalho em Macau, sobretudo ao nível de passagens diárias pela fronteira.

Uma situação que levou as autoridades de Saúde de Macau a apertarem os controlos fronteiriços e a anunciar hoje em conferência de imprensa a obrigatoriedade de apresentação na maioria dos espaços públicos e transportes do código de saúde, um sistema que cria um código QR para diferenciar com cores os graus de risco de contágio.

O que já acontecia em casinos e serviços de atendimento ao público deve ser agora também exigido em grandes superfícies, instituições médicas, restaurantes e bares.

O mesmo acontece com os transportes em táxis, autocarros e metro ligeiro. Ou seja, à obrigatoriedade do uso da máscara soma-se agora o código de saúde, podendo os respetivos motoristas recusarem o transporte das pessoas que exibam um código de saúde cuja cor seja amarela ou vermelha, que deterimanm a existência de um potencial risco de contágio.

O Governo exclui desta lista lojas de retalho em geral, como pequenos supermercados e lojas de conveniência, de menor dimensão, fluxo e permanência de clientes.

Macau, que perdeu 22,6% de visitantes numa semana, já anunciara na terça-feira o reforço das restrições fronteiriças com a China continental, exigindo quarentena de 14 dias a quem chegar de alguns distritos das cidades de Cantão e de Foshan.

O registo de casos na vizinha província de Guangdong está a traduzir-se numa diminuição no número de visitantes na capital mundial do jogo, com as autoridades a determinaram a partir de hoje a obrigatoriedade de apresentação de um teste à covid-19 negativo realizado até 48 horas antes da entrada no território a todos aqueles que pretendam entrar no território oriundos da província de Guangdong.

Macau identificou apenas 51 casos desde o início da pandemia e não registou qualquer morte por covid-19. Nenhum profissional de saúde foi infetado e não foi detetado qualquer surto comunitário.

A taxa de vacinação ronda atualmente os 20%, tendo sido administrada a mais de 132 mil pessoas pelo menos uma dose da vacina.

A pandemia de provocou, pelo menos, 3.731.297 mortos no mundo, resultantes de mais de 173,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.