"Dois anos de prisão por ter morto quatro pessoas é uma injustiça grave para as vítimas e as suas famílias, que sofreram uma pena de morte", denunciou, em comunicado, a Associação das Mães Contra o Álcool ao Volante, antes da colocação em liberdade de Ethan Couch.

Este jovem texano, então com 16 anos, atingiu quatro peões e um veículo, quando conduzia uma 'pick-up', em 2013, provocando quatro mortos e vários feridos graves.

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A sua taxa de alcoolemia era três vezes superior ao limite legal.

O adolescente, que incorria numa pena de 20 anos de prisão, foi condenado, para surpresa geral, a ter acompanhamento psiquiátrico e a 10 anos de acompanhamento judiciário.

Clemência considerada ultrajante

Esta clemência foi considerada ultrajante por muitos norte-americanos, tanto mais que o jovem nunca exprimiu remorsos pelas consequências das suas ações.

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Membro de uma família rica, Ethan Couch tinha afirmado sofrer de "affluenza" - palavra que associa afluência (riqueza) e influenza (gripe) -, com o que queria significar "a insatisfação das pessoas que têm tudo".

O tribunal considerou na altura que a sua abastança financeira o impediu de se dar conta das consequências dos seus atos.

Couch provocou novo escândalo ao fugir para o México com a sua mãe, infringindo o seu controlo judiciário, em 2015. Detido numa estação balnear mexicana, foi finalmente condenado a quase dois anos de prisão em abril de 2016.

Se Ethan Couch está agora em liberdade, os seus advogados sublinharam que continua sob controlo judiciário mais seis anos.

Segundo o diário Dallas Morning News, Ethan Couch, que hoje tem 21 anos, tem de ter consigo um aparelho para verificar se consumiu drogas ou álcool para poder conduzir.

Com agências