Uma petição com mais de 5500 assinaturas a favor da alteração da lei do aborto vai ser entregue esta quarta-feira no Parlamento. Em três anos e meio foram feitos 60 mil abortos legais.

A Federação Portuguesa pela Vida, promotora da iniciativa, considera que a lei em vigor falhou todos os objectivos a que se tinha proposto.

«Não podemos aceitar que uma mulher que está perante o drama de um aborto, tantas vezes pressionada (...), seja deixada sozinha», criticou a presidente da Federação Portuguesa pela Vida, defendendo um acompanhamento na área social, na psicologia e no planeamento familiar.

Isilda Pegado afirmou que a «lei que se propunha tornar o aborto seguro, raro e legal falhou em todos os objectivos», porque o aborto actualmente é «usado como método contraceptivo».

A Federação Portuguesa pela Vida estima que desde a entrada em vigor da nova lei, há três anos e meio, terão sido feitos 60 mil abortos legais e gastos cerca de 100 milhões de euros.

«Uma mulher que pratique aborto tem direito a um subsídio de maternidade, ficando de baixa um mês com vencimento por inteiro, enquanto uma mulher que está doente ou a tratar dos filhos em casa tem 65 por cento do vencimento», criticou.

09 de fevereiro de 2011

Fonte: LUSA/SAPO