O estudo, elaborado pela consultora EY, em colaboração com um laboratório, foi hoje apresentado na Universidade Católica e indica que a externalização dos laboratórios dos hospitais representaria “uma redução muito significativa de 25% da despesa corrente em serviços laboratoriais”.
De acordo com a investigação, “as regiões portuguesas que poderiam obter os maiores benefícios com esta ação seriam o Norte, Lisboa e Vale do Tejo e o Centro”.
“Os hospitais com capacidade instalada superior a 200 camas seriam aqueles com maiores poupanças”, lê-se no documento.
Conclui-se também que, “ao contar com fornecedores externos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) poderia reduzir a pressão financeira exigida pelo contínuo esforço de investimento e de formação dos profissionais, necessários para melhorar a eficiência no médio/longo prazo, já que estes investimentos serão assumidos pelo fornecedor privado”.
“Ao externalizar o laboratório, os pacientes também beneficiam deste modelo, já que potencia o acesso a análises inovadoras e aumenta a qualidade nos cuidados prestados”, indicam os autores.
Para os investigadores, “a externalização atual de vários serviços não clínicos em Portugal fornece a maturidade e experiência necessárias ao início da externalização dos serviços clínicos”.
O estudo identifica que “os laboratórios hospitalares em Portugal enfrentam vários desafios, originados principalmente pelo aumento da procura e por reduções orçamentais”.
Foram divididos os desafios para os departamentos dos laboratórios hospitalares portugueses em três categorias principais: cuidados de saúde sustentáveis, aumento da eficiência e acesso à inovação.
“Cada um destes desafios representa uma oportunidade de melhoria, com benefícios potenciais para os diferentes interlocutores”, lê-se no documento.
Os autores concluíram que, “aumentando as colaborações público-privadas com os laboratórios clínicos nos hospitais públicos, o SNS poderia colher benefícios importantes”.
A título de exemplo, é referido que “as despesas atuais para patologia clínica e anatomia patológica ascendem a perto de 265.6 milhões de euros por ano, representando um enorme campo de oportunidades para obter poupanças para o sistema”.
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