Este número eleva para 542 o balanço de pessoas afetadas pela epidemia naquele navio, que está ancorado perto de Yokohama.
No momento em que o primeiro caso foi detetado, 3.700 passageiros e tripulantes estavam a bordo do cruzeiro. Entretanto alguns países já começaram a retirar alguns cidadãos.
Os Estados Unidos procederam na segunda-feira ao repatriamento de 380 norte-americanos que estavam a bordo daquele cruzeiro no porto japonês de Yokohama, no qual continuam cerca de três mil pessoas. Pelo menos 14 deles estavam infetados com a doença, revelaram ontem as autoridades americanas.
Na chegada a bases militares em território norte-americano, os retirados do Diamond Princess ficaram numa nova quarentena para evitar a propagação do CIVD-19, pneumonia causad pelo novo coronavírus que afetou, até agora, 355 pessoas das cerca de 3.700, entre passageiros e tripulantes, a bordo do Diamond Princess.
O navio ficou sob quarentena, no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, em 03 de fevereiro, depois de ser conhecido que um residente de Hong Kong e passageiro do cruzeiro estava infetado.
As autoridades japonesas decidiram manter o navio isolado até à próxima quarta-feira, como medida preventiva, embora na passada semana tenham autorizado a saída de passageiros idosos e com complicações de saúde, desde que os resultados das análises ao COVID-19 fossem negativos.
Aqueles passageiros encontram-se em instalações públicas na prefeitura de Saitama, a norte da capital nipónica, onde terão que observar a quarentena definida.
Também as Filipinas anunciaram que vão repatriar 531 tripulantes e sete passageiros filipinos do cruzeiro Diamond Princess, sob quarentena no porto de Yokohama, a sul de Tóquio.
Outros países e regiões como Austrália, Canadá, Hong Kong, Itália, Israel e Taiwan estão a preparar o repatriamento dos respetivos cidadãos ainda a bordo do Diamond Princess, onde se encontram pessoas de 50 nacionalidades, indicou a televisão pública japonesa NHK.
O que é um coronavírus?
Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infeções respiratórias em seres humanos e outros animais. Geralmente, as infeções por coronavírus causam doenças respiratórias leves ou moderadas. No entanto, podem também causar infeções graves.
O novo coronavírus identificado na China é semelhante a outros que surgiram nos últimos anos, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) ou a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS).
O genoma deste novo vírus foi sequenciado por laboratórios chineses, que concluíram que é da família da SARS, que entre 2002 e 2003 fez 648 vítimas mortais na China, incluindo Hong Kong. Visto ao microscópio, este vírus tem à sua volta uma espécie de coroa de espinhos, daí o nome coronavírus.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
Todos os países com casos para além da China
- Outros países na Ásia
Japão: 65 casos, incluindo a morte de uma mulher, e pelo menos 454 em quarentena a bordo do cruzeiro "Diamond Princess".
Singapura: 77 casos
Tailândia: 35 casos
Coreia do Sul: 30 casos
Malásia: 22 casos
Taiwan: 20, incluíndo um morto
Vietname: 16 casos
Filipinas: 3 casos, entre eles uma vítima fatal, um chinês originário de Wuhan, que foi a primeira morte fora da China.
Índia: 3 casos
Camboja: 1 caso
Nepal: 1 caso
Sri Lanka: 1 caso
- Oceania
Austrália: 15 casos
- América do Norte
Canadá: 8 casos
Estados Unidos: 29 casos. Um cidadão americano morreu vítima do novo coronavírus na China.
- Europa
Alemanha: 16 casos
França: 12 casos, incluindo uma morte, a primeira na Europa
Reino Unido: 9 casos, oito já receberam alta
Itália: 3 casos
Espanha: 2 casos, já recuperados e com alta
Rússia: 2 casos, já recuperados e com alta
Bélgica: 1 caso
Finlândia: 1 caso
Suécia: 1 caso
- Médio Oriente
Emirados Árabes Unidos: 9 casos
- África
Egito: 1 caso diagnosticado em 14 de fevereiro, o primeiro do continente africano.
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