Uma centena de jovens médicos generalistas e estudantes, concentrados em Milão (Milão), atiraram as batas brancas para o chão. Alguns seguravam cartazes onde se podia ler: “Sem médicos só restam os milagres” ou “Quem vos tratará?”.
Situação idêntica ocorreu em Roma, diante do parlamento: “somos médicos, não ‘tapa-buracos’”, “sem especialistas, o sistema de saúde entra em colapso”, diziam os cartazes trazidos por alguns entre a centena de manifestantes.
O movimento de protesto foi organizado em 21 cidades italianas, incluindo também Nápoles, Bolonha, Génova, Turim, Florença e Palermo.
Os jovens médicos e estudantes do último ano, que muito contribuíram no combate à pandemia de covid-19, pedem uma maior valorização do seu trabalho e uma carreira com uma progressão mais segura.
“Até 2015, mais de 60% dos nossos colegas especialistas e médicos generalistas irão para a reforma. Tendo em conta a atual política de saúde não haverá pessoal suficiente para os substituir. Ficará assim em risco o direito aos cuidados e à saúde de todos os cidadãos”, afirma um comunicado dos organizadores.
“Não aceitamos mais ser chamados de heróis porque cuidar é uma escolha de vida para nós. Não queremos aplausos, apenas que os nossos direitos sejam reconhecidos”, adianta o texto.
Itália é o terceiro país em todo o mundo com maior número de mortes devido à covid-19 (33.142 em mais de 231.000 infetados com o novo coronavírus), depois dos Estados Unidos e do Reino Unido.
A pandemia já provocou mais de 360.000 mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência France Presse.
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