Em comunicado, a Humanitas "lamenta que, mais uma vez, não tenha sido autorizada a frequência dos centros de atividades ocupacionais pelos utentes dos lares residenciais", lembrando que a decisão é infundada, visto que as pessoas com deficiência intelectual que são utentes dos lares já estão vacinadas desde janeiro.

"É urgente tirá-las do encerramento forçado a que estão obrigadas há mais de um ano", pede Helena Albuquerque, presidente da Humanitas, citada no comunicado.

A federação recorda que os utentes de lares residenciais, em contexto pré-pandémico, frequentavam os centros de atividades ocupacionais, durante o dia, de segunda a sexta-feira, regressando ao lar ao final da tarde, o que deixou de acontecer com a pandemia, o que acarretou a perda de rotinas, terapias e atividades.

"Se no início da pandemia concordámos com esta medida, dado que se tratava de proteger uma população mais vulnerável, neste momento só podemos encarar esta atitude como uma ameaça aos seus direitos fundamentais", afirma Helena Albuquerque, que solicita ao governo que seja deixada a cada instituição a possibilidade de gerir esta situação, "dentro de um perfil de flexibilidade autorizado pelo governo, e no respeito máximo pelos direitos de todas as pessoas com deficiência".

A presidente da federação concluiu que "é urgente abrir as portas dos lares residenciais" e que as perdas destas pessoas "são muito grandes, tanto a nível cognitivo, como emocional, físico e mental".