A iniciativa do BE foi anunciada após o deputado daquele partido ter reunido com a administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, recém-empossada, com o objetivo de identificar as carências e o contributo político para a sua resolução.

A falta de recursos humanos é uma das preocupações, tendo o representante do BE questionado como se perspetiva a mudança, a partir do dia 01 de julho, para o horário de 35 horas, dos profissionais com contrato individual de trabalho, que ali prestam serviço.

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Para garantir a transição, sem colocar em causa a prestação de cuidados de saúde, são necessários cerca de 50 enfermeiros, 50 assistentes operacionais e dez técnicos de diagnóstico e terapêutica, cuja contratação ainda não foi autorizada, segundo foi transmitido pela administração.

Falta de espaço no Hospital de Aveiro

“A três semanas ainda não houve autorização do Governo, que tem de ser rápida, sob pena de em julho faltarem profissionais, e por isso vamos apresentar uma interpelação ao Governo para exigir que essa autorização seja dada já”, disse Moisés Ferreira à Lusa.

Outro dos principais problemas identificados na reunião de hoje foi a falta de espaço do edifício do Hospital de Aveiro, o que limita a capacidade de resposta dos vários serviços.

“O Hospital de Aveiro é um edifício que precisa de ampliação, como é visível pelos contentores que ali estão colocados para fazer as consultas externas. O que nos foi dito é que neste momento o hospital até poderia fazer mais cirurgias, reduzindo as listas de espera, mas para isso precisava de mais blocos operatórios, e no internamento também tem dificuldade em responder e ter mais pessoas internadas, mas também não consegue porque não tem espaço”, descreveu à Lusa o deputado.

Moisés Ferreira anunciou que também quanto à falta de espaço o BE vai tomar uma iniciativa parlamentar, propondo uma recomendação ao Governo para que calendarize as obras de ampliação do Hospital de Aveiro.

O deputado visitou também o Hospital Visconde de Salreu, em Estarreja, como já havia feito em relação ao de Águeda, tendo ficado “com a ideia clara de que ambos estão subaproveitados, sendo necessário garantir mais especialidades e consultas para evitar as deslocações a Aveiro”.