A iniciativa, à qual os hospitais se juntam – o “Movember”,  é uma campanha de sensibilização, que decorre em todo o mundo, com o objetivo de desmistificar o tabu associado aos problemas da saúde masculina. O movimento foi criado na Austrália, em 2003, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Cancro da Próstata que se assinala a 17 de novembro.

O urologista Rui Borges, do Hospital Lusíadas Porto, revela quais os principais motivos que levam o homem a adiar o rastreio: “o machismo, a vergonha em falar dos sintomas urinários e sexuais, o receio do toque rectal, a noção errada de que os sintomas urinários/sexuais são um acontecimento natural do envelhecimento e o medo do cancro e das consequências do tratamento cirúrgico fazem com que os homens evitem a ida regular ao médico, dificultando o diagnóstico precoce desta doença”.

“Desmistificar o diagnóstico e tratamento destas patologias de modo a permitir um diagnóstico mais precoce, evitando as complicações destas doenças e diminuindo a mortalidade e morbilidade das mesmas, é o nosso principal objetivo. É importante esclarecer as pessoas em relação a esta doença, numa altura em que vivemos numa era em que a informação está facilmente acessível e o doente é confrontado com múltiplas hipóteses de tratamento, algumas delas aparentemente inócuas, que o induzem, por vezes, a optar pelo tratamento menos eficaz”, explica o Rui Borges.

1800 mortes por ano

Em Portugal, o cancro da próstata atinge anualmente entre 3.500 a 4 mil portugueses, sendo que 1800 acabam por morrer. Esta patologia representa cerca de 3,5% de todas as mortes e mais de 10% das mortes por cancro.

Leia também: 17 sintomas de cancro que os portugueses ignoram

Saiba mais: 10 coisas do dia a dia que causam cancro