A dívida dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde às empresas farmacêuticas aumentou 30 por cento no último ano, ascendendo em novembro a 1,3 mil milhões de euros, revelou hoje a indústria farmacêutica.

A Associação Portuguesa de Indústria Farmacêutica (Apifarma) indicou que, entre dezembro de 2010 e novembro deste ano, a dívida dos hospitais públicos às empresas farmacêuticas cresceu 30% e o prazo médio de pagamento aumentou de 375 para 453 dias.

Em comunicado, a Apifarma diz aguardar “com expectativa” a calendarização do pagamento dos valores devidos, medida considerada prioritária no memorando de entendimento assinado com a troika.

O Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças estão a elaborar um plano de pagamento da dívida aos fornecedores, a ser concluído até ao final deste ano.

O maior devedor é o Centro Hospitalar Lisboa Norte, que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, com uma dívida às empresas farmacêuticas de 166 milhões de euros.

O maior atraso no pagamento de medicamentos e produtos adquiridos às empresas farmacêuticas regista-se na Unidade Local de Saúde da Guarda, com 859 dias de prazo.

Esta Unidade Local de Saúde integra o Hospital Nossa Senhora da Assunção (Seia), o Hospital Sousa Martins (Guarda), o Centro de Diagnóstico Pneumológico (Guarda) e o Agrupamento de Centros de Saúde da Guarda.

30 de dezembro de 2011

@Lusa