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Fígado e coração podem produzir a hormona em situações de stress
17 de junho de 2013 - 17h14
Uma equipa de cientistas da Universidade de Barcelona (UB) descobriu que a hormona FGF21, chave no controlo da obesidade, também tem efeitos cardioprotetores, num trabalho de laboratório com ratinhos.
A investigação, divulgada hoje na revista científica Nature Communications, foi dirigida pelo professor de Bioquímica e Biologia Molecular e diretor do Instituto de Biomedicina da UB, Francesc Villarroya, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Villarroya explicou que “uma das principais contribuições do novo trabalho é descobrir que a FGF21 (hormona de crescimento de fibroblastos 21) tem uma função protetora contra a hipertrofia cardíaca em ratinhos de laboratório”.
Os investigadores compararam a função cardíaca de um grupo de ratinhos a quem foi anulado o gene codificado da hormona FGF21 com a de outros que o conservavam, comprovando que os primeiros mostravam um quadro de patologias cardíacas, não registadas no segundo grupo.
O estudo mostrou ainda que, além do fígado – que sintetiza a FGF21 para acelerar o metabolismo energético – o coração também pode produzir a hormona em situações de stress.
Os investigadores dizem que o trabalho abre caminho a um maior conhecimento do controlo metabólico das vias de sinalização molecular da diabetes, da obesidade e da inflamação do tecido adiposo e pode contribuir para novas estratégias terapêuticas de desordens metabólicas comuns, segundo a EFE.
Lusa
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