“Os voos de passageiros destes países não serão autorizados a aterrar em Hong Kong e os indivíduos que permaneceram nestes países já não estão autorizados a embarcar em voos para Hong Kong, incluindo voos de ligação”, disse a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, em conferência de imprensa.

A proibição, a partir de sábado e por 14 dias, vai afetar os voos de passageiros oriundos de Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Filipinas, Índia, Paquistão e Reino Unido, indicou.

Lam anunciou também outras restrições para tentar impedir a propagação da variante Ómicron do novo coronavírus, como o encerramento de restaurantes das 18:00 às 05:00 locais, a partir de sexta-feira, sendo limitado, fora desse período, o número de pessoas por mesa, entre duas a seis, consoante o tipo de restaurante.

Por outro lado, 15 tipos de locais de entretenimento como bares, ‘karaoke’, ginásios, salões de ‘mahjong’ e piscinas públicas serão também encerrados ao público, indicou Carrie Lam, de acordo com a emissora local RTHK.

Na terça-feira, as autoridades do território semiautónomo chinês tinham anunciado a imposição de apresentação de certificado de vacinação contra a covid-19 em escolas, bibliotecas, museus e locais de entretenimento.

Este é o quinto surto de covid-19 desde o início da pandemia e o primeiro com a variante Ómicron em Hong Kong. O número de casos confirmados na comunidade atingiu na terça-feira a meia centena.

Desde o início da pandemia, a região administrativa especial chinesa, que observa uma política de zero infeções com o novo coronavírus, registou mais de 12 mil casos confirmados da doença e 213 mortes associadas à covid-19.

Hong Kong designou atualmente todos os países com surtos locais de Ómicron como zonas de “alto risco”, proibiu a entrada de estrangeiros e exigiu aos residentes que chegam desses locais uma quarentena de 21 dias.

A covid-19 provocou 5.448.314 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.