Depois do Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, Suíça, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, também o Azerbaijão está interessado em contratar médicos portugueses.
O anúncio foi publicado esta semana no site da Ordem dos Médicos e arranca com uma frase ambiciosa:
O hospital internacional Bona Dea, em Baku, tem a missão de ser líder na região do Cáspio.
A unidade em causa foi inaugurada no final de março pelo presidente Ilham Aliyev.
O hospital "Bona Dea" - a boa deusa da fertilidade na mitologia romana - pede, além de cirurgiões, especialistas para áreas como pediatria, ginecologia/obstetrícia, dermatologia, oftalmologia, pneumologia, gastrenterologia, endocrinologia e medicina interna.
O hospital exige experiência mínima de 10 anos e fluência na língua inglesa, em troca de "um salário muito competitivo", habitação e viagens.
Tendo em conta anúncios recentes para recrutamento de médicos portugueses, os hospitais da zona do Golfo Pérsico oferecem salários na ordem dos 12 a 15 mil euros mensais.
Os movimentos da emigração portuguesa, cada vez mais marcados pelo aumento do número de emigrantes com o ensino superior, tem sido marcado nos últimos anos pela saída para o estrangeiro de profissionais de saúde de várias áreas.
Em 2014, segundo registos da Ordem dos Médicos, emigraram 394 médicos lusos, sendo que ano seguinte a mesma entidade que regula a prática médica em Portugal registou a saída de 475 médicos.
Um dos grupos mais conhecidos na área da saúde, cujos profissionais têm optado por trabalhar no estrangeiro, é o dos enfermeiros, que perante a falta de trabalho e de contratos precários, têm encontrado "fora de portas" oportunidades que não conseguem em Portugal.
Em 2013, ano em que saíram do nosso país 128 mil emigrantes, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), apontava que só no Reino Unido trabalhavam mais de um milhar de enfermeiros portugueses, e na Bélgica cerca de duas centenas.
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