"Apesar do risco de infeção do vírus Zika ser considerado baixo, é um risco e um risco que não estou disposto a correr", justifica o atleta em comunicado.

McIlroy é mais um atleta do golfe a desistir dos Jogos Rio-2016 por este motivo. Adam Scott, Louis Oosthuizen, Charl Schwartzel, Marc Leishman e Vijay Singh também anunciaram que não vão viajar para o Brasil.

A desistência de McIlroy, de 27 anos, campeão do Open dos Estados Unidos (2011) e do Open britânico (2014), deve reabrir o debate sobre os perigos do vírus. Recentemente, mais de 100 cientistas pediram a suspensão ou deslocalização da competição pelo risco da propagação do vírus.

O Comité Olímpico Irlandês diz estar "extremamente dececionado por não poder contar com Rory no Rio" e garante ter adotado todas as medidas para proteger os seus atletas.

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"Temos total confiança de que os Jogos são seguros para todos os atletas", afirma o comité irlandês.

A infeção pelo vírus Zika pode provocar microcefalia em fetos, um problema que se caracteriza pelo desenvolvimento anormal do cérebro.

A Direção-Geral da Saúde em Portugal recomenda, a propósito do vírus Zika e dos Jogos Olímpicos, que as grávidas não devem viajar para o Brasil e que, se os cônjuges o fizerem, devem depois usar preservativo.

Quase 1.300 bebés nasceram no Brasil com malformações irreversíveis desde que o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, começou a transmitir Zika no ano passado.

O vírus também pode ser transmitido por via sexual e provocar problemas neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barre, que causa paralisia e morte.

A desistência de McIlroy não é a primeira demonstração de inquietação. O campeão olímpico do salto em comprimento, o britânico Greg Rutherford, decidiu congelar esperma por temer os efeitos do vírus.