Desde 1982, Portugal tem um índice de fecundidade abaixo dos 2,1, o nível mínimo para garantir a substituição das gerações nos países mais desenvolvidos. A informação é da Pordata, a base de dados estatísticos sobre Portugal da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Esse valor não parou de descer desde a década de 80, tendo em 2013 atingido os 1,21. Desde então tem recuperado, mas continua baixo: 1,36 em 2016.

"De maneira geral os níveis de fecundidade atravessam todo o território e apenas o concelho de Lisboa tem um número médio de filhos por mulher acima de 2,1", comenta a diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, citada pela TSF.

No top 10 de nascimentos, em 2016 o índice sintético de fertilidade em Lisboa foi de 2,2, seguido de Belmonte (1,93), Beja (1,92), Ferreira do Alentejo (1,87), Porto (1,86), Mourão (1,80), Carrazeda de Ansiães (1,78), Idanha-a-Nova (1,77) e Albufeira (1,75).

Entretanto o Eurostat divulgou que no ano passado Portugal teve a segunda taxa de natalidade mais baixa entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE) e foi um dos países cuja população diminuiu. Portugal teve em 2016 cerca de 87 mil nascimentos, ou seja 8,4 nascimentos por cada 1000 habitantes, apenas à frente de Itália que registou 7,8.

Seremos 9,8 mil milhões em 2050

último relatório da ONU, divulgado no final de junho, prevê que a atual população mundial de 7,6 mil milhões atinja os 9,8 mil milhões em 2050 e os 11,2 mil milhões em 2100."Atualmente, temos uma população estimada em 7,6 mil milhões e a nossa projeção até 2100 é que a população atinja os 11,2 mil milhões.

A grande parte do crescimento vai ser em África, por causa, mais que tudo, dos níveis de fertilidade.

Vários países africanos têm uma fertilidade relativamente alta e o processo dentro da projeção prevê que a população irá continuar a aumentar”, disse o chefe da unidade de estimativas populacionais e projeções do Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas, François Pelletier, numa entrevista à ONU News.

Acompanhe as estatísticas

O site "Worldometers" permite observar em tempo real a estimativa do número de nascimentos e mortes por país e região, assim como uma data de outros dados relativos à produção industrial, social media, alimentação, saúde, crescimento económico, entre outros.