“Depois de não se terem registado infeções por Marburg durante os 21 dias estipulados pela OMS [Organização Mundial da Saúde] e após o magnífico trabalho e resultados obtidos na luta e contenção deste vírus: declarei hoje [segunda-feira] o fim do vírus de Marburg na Guiné Equatorial”, escreveu Nguema na rede social Twitter.
De acordo com dados da OMS, a Guiné Equatorial registou, até 20 de abril, 12 mortes entre os casos confirmados laboratorialmente, com uma taxa de mortalidade de 75%. Quatro dos casos confirmados recuperaram, sendo desconhecido o que aconteceu ao outro infetado.
O vírus continua ativo na Tanzânia, que registou um total de nove casos entre 16 de março e 30 de abril, incluindo oito confirmados laboratorialmente e um provável.
Até à data, foram notificadas na Tanzânia seis mortes (taxa de mortalidade de 66,7%), incluindo um caso provável e cinco casos confirmados, e dos casos confirmados, três recuperaram.
Na semana passada, a OMS enalteceu as autoridades de saúde de ambos os países por “mostrarem um forte compromisso político”, tendo nas últimas semanas “reforçado ainda mais as funções críticas de resposta”, como a vigilância da doença, incluindo nos pontos de entrada e saída das áreas afetadas, atividades laboratoriais, gestão de casos clínicos, prevenção e controlo de infeções ou comunicação de risco e participação da comunidade.
A organização recomendou que seja mantida a vigilância, mas considera que não se justificam restrições de viagens ou comércio com a Guiné Equatorial ou a Tanzânia.
O vírus de Marburg, para o qual não há vacina, é transmitido aos seres humanos através de morcegos e propaga-se através do contacto direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infetados.
A doença começa de forma aguda, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar, podendo evoluir para sintomas hemorrágicos graves e a taxa de mortalidade varia, podendo chegar aos 80%.
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