Adalberto Campos Fernandes considerou "cruel" aquilo que designou como "deambulação" de doentes oncológicos do privado para o público quando terminam os “plafonds” dos seus seguros de saúde.

Numa resposta a deputados do CDS na comissão parlamentar de Saúde, o ministro diz que é necessário encontrar um modelo para que "nenhum doente oncológico seja confrontado com um outro médico, outra equipa ou, pior ainda, com alterações de estratégias terapêuticas" a meio do tratamento.

Para isso, Campos Fernandes refere que o Ministério pretende "tomar uma iniciativa legislativa" e diz que será necessário chamar ao processo a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros e os representantes dos hospitais privados.

Tratamentos interrompidos

Nos últimos anos têm sido muitos os doentes que, seguidos em instituições privadas através de seguros de saúde, tiveram de interromper tratamentos e ir para as unidades públicas.

Este ano, a Entidade Reguladora da Saúde emitiu um parecer a recomendar que os hospitais privados informem os doentes dos custos dos tratamentos.

Em declarações aos jornalistas no final da comissão parlamentar, o ministro da Saúde disse que será necessário criar uma espécie de código de conduta para evitar estes casos.

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