A descoberta, divulgada na publicação especializada Journal of the American Medical Association (JAMA) Neurology, sugere que os atuais padrões de terapia para pacientes nas primeiras fases da doença podem ser uma perda de tempo e dinheiro.

A Doença de Parkinson ataca o sistema nervoso central e afeta cerca de sete milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo 4% das pessoas com mais de 80 anos. O estudo em causa analisou 762 pacientes com quadros leves a moderados desta patologia neuro-degenerativa, de 38 cidades britânicas. Todos os pacientes apresentavam dificuldades a realizar atividades diárias como abotoar camisas ou escovar os dentes.

Durante três meses, metade dos doentes recebeu orientações para fazer fisioterapia e a outra metade para fazer sessões de terapia ocupacional. A terapia física tende a concentrar-se no diagnóstico e tratamento de lesões, enquanto a terapia ocupacional tem como objetivo ajudar os pacientes a melhorar as habilidades na vida diária.

No final do período de análise, os investigadores da Universidade de Birmingham descobriram que não houve diferença entre os grupos, nem sobre a sua capacidade de realizar tarefas diárias. Além disso, não houve "benefícios clínicos significativos, a curto ou médio prazo" depois das duas terapias, informaram os investigadores.

De acordo com os investigadores, deve-se explorar "o desenvolvimento e o estudo de programas de fisioterapia intensiva e estruturada em pacientes com todos os estádios da doença".

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