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OMS diz que 1,4 mil milhões de pessoas com mais de 20 anos tinham excesso de peso em 2008
14 de agosto de 2013 - 12h06
Os filhos de mães obesas têm 35% mais riscos de morrer prematuramente na idade adulta, revela um estudo publicado na quarta-feira pelo British Medical Journal, que alerta para os cada vez mais frequentes casos de obesidade.
Os investigadores analisaram na Escócia 37.709 filhos de 28.540 mulheres nascidos entre 1950 e 1976. Durante o estudo, estas pessoas tinham entre 34 e 61 anos, e 6.551 já haviam morrido, por diferentes causas.
No momento de dar à luz, 21% das mães tinham excesso de peso (índice de massa corporal - IMC - entre 25 e 29,9) e 4% eram obesas (IMC igual ou superior a 30). Segundo o estudo, o risco de morte prematura aumenta em 35% entre os adultos nascidos de mães obesas e em 11% no caso de mães com peso a mais em relação ao grupo nascido de mães com peso normal.
A investigação adianta ainda que os adultos nascidos de mães obesas têm 42% mais probabilidade de ser hospitalizados por problemas cardiovasculares que os demais.
"É necessário criar urgentemente estratégias de intervenção para controlar o peso antes da gravidez", advertem os autores, lembrando que uma em cada cinco mulheres grávidas na Grã-Bretanha são obesas, cita a agência France Presse.
Nos Estados Unidos, cerca de 64% das mulheres em idade fértil têm peso a mais e 35% são obesas. A tendência é similar na Europa, indica o estudo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,4 mil milhões de pessoas com mais de 20 anos tinham excesso de peso em 2008, incluindo 300 milhões de mulheres e 200 milhões de homens obesos.
Os casos de obesidade têm-se multiplicado desde 1980, quando a percentagem de mulheres obesas na hora do parto era de 4%, lembra a professora Rebecca Reynolds, autora do estudo.
SAPO Saúde com AFP
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