Bastam apenas 20 minutos de caminhada vigorosa para reduzir a probabilidade de morte prematura. Este novo estudo conclui ainda que o sedentarismo dobra o risco de morte prematura quando comparado com a obesidade e isso não significa um risco acrescido apenas para sedentários com excesso de peso.
Ao analisarem os dados descobriram que, em comparação com o número de mortes relacionadas com a obesidade, as mortes relacionadas com a falta de exercício físico eram o dobro destas. E apenas um ligeiro aumento na atividade física foi o suficiente para fazer a diferença nos números analisados.Estas foram as conclusões da equipa de investigadores que analisou os dados de mais de 334.000 homens e mulheres que fazem parte de um grande estudo europeu que procura entender as ligações entre o cancro e a nossa dieta, mas que também analisa outras variáveis, tais como o exercício físico e IMC.
Prof. Ekelund, um dos investigadores, diz que o estudo oferece uma mensagem simples: “basta uma pequena quantidade de atividade física por dia pode produzir substanciais benefícios de saúde para as pessoas que são fisicamente inativas.”
O efeito foi maior entre os grupos inativos e moderadamente inativos.
O conjunto de dados analisados incluíram medidas de peso, altura, tamanho da cintura e os níveis de atividade física auto-relatados. Os participantes foram acompanhados por mais de 12 anos, período no qual 21.438 morreram.
Os investigadores encontraram maiores reduções no risco de morte precoce nos indivíduos moderadamente ativos face aos participantes que afirmavam ser sedentários.
Foram observados vínculos entre a morte precoce e inatividade física em todos os níveis de medidas de excesso de peso e obesidade, tanto em termos de IMC global, como de obesidade central ou abdominal.
O estudo classificou 22,7% dos participantes como inativos porque eles informaram não ter nenhuma atividade recreativa, enquanto tinham empregos sedentários.
A análise constatou que a prática de exercício onde foram queimadas 90 a 110 calorias por dia – o equivalente a 20 minutos de caminhada por dia – foi suficiente para mover um indivíduo do grupo “inativo” para o grupo “moderadamente inativo” e reduzir o risco de morte prematura de 16 a 30%.
“Devemos fazer mais do que 20 minutos por dia”, diz o investigador.
No entanto, o Prof. Ekelund observa que, embora 20 minutos de caminhada rápida por dia pode fazer a diferença devemos realmente fazer mais porque “a atividade física traz muitos benefícios à saúde e deve ser uma parte importante da nossa vida diária.”
O co-autor Professor Nick Wareham diz que enquanto temos de continuar com os esforços de saúde pública que procuram reduzir os níveis de obesidade, também devemos ajudar as pessoas a aumentar a atividade física. Isso pode ser mais fácil de conseguir e manter, e pode ter benefícios significativos para a saúde, acrescenta.
Devemos ser ativos, mas também ajudar os outros a iniciarem esta caminhada, em direção a um estilo de vida mais saudável e com maior qualidade.
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