João Cotrim Figueiredo tinha remetido para hoje a sua posição sobre esta iniciativa da Federação Portuguesa Pela Vida, que recolheu mais de 95 mil assinaturas, para que se realize um referendo com a seguinte pergunta: "Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?".
Numa intervenção na Assembleia da República durante o debate em plenário desta iniciativa popular, que deverá ser rejeitada na sexta-feira com votos contra de PS, BE, PCP, PEV e PAN, o deputado da Iniciativa Liberal considerou que esta é uma questão difícil: "Desafia-nos a promover a participação cívica, mas ao mesmo tempo recorda-nos que a consciência não se leva a votos".
"A nossa posição e o nosso mandato sobre a eutanásia é clara e conhecida: a Iniciativa Liberal inscreveu esta matéria no seu programa político, a Iniciativa Liberal apresentou o seu próprio projeto de despenalização da morte medicamente assistida", referiu.
Cotrim Figueiredo acrescentou que o seu partido é a favor da "participação cívica dos cidadãos na coisa pública" e acima de tudo quer "que este projeto legislativo seja sólido, sem brechas e sem fraquezas".
"Ignorar a vontade de quase cem mil pessoas de exprimirem a sua opinião criaria isso mesmo: uma brecha e uma fraqueza na legislação que desejamos ver aprovada. É quando vários direitos e vários princípios colidem que se exige o regresso à essência da política: a escolha, por mais difícil que ela seja. A escolha da IL é votar a favor da realização do referendo", anunciou.
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