A discussão dos quatro projetos – do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), BE, PS e Partido Ecologista “Os Verdes – vai mais ou menos a meio, já decorrendo há mais de uma hora.

Todas as bancadas parlamentares se apresentam bastante preenchidas, à semelhança do que acontece com as galerias, e até a zona reservada à comunicação social está mais cheia que o habitual, com jornalistas sentados de lado ou em cadeiras extra.

Eutanásia: Países onde a morte assistida é possível
Eutanásia: Países onde a morte assistida é possível
Ver artigo

Pelo contrário, os corredores da Assembleia da República estão estranhamente desertos, com apenas alguns assessores e funcionários a circularem.

À hora em que a Lusa percorreu os corredores, cerca das 16:00, apenas perto da entrada do grupo parlamentar do CDS – que é também o mais perto do bar – alguns deputados do PSD conversavam, talvez a trocarem as últimas impressões sobre as votações.

Uma vez que serão as bancadas do PSD e do PS – as que reúnem 175 dos 230 deputados e as duas onde há liberdade de voto – que decidirão o resultado da votação, é à porta destes dois partidos que já estão colocadas várias câmaras de televisão, a antecipar as reações no final do plenário.

No final da discussão dos quatro projetos, segue-se uma pouco habitual votação nominal, deputado a deputado, que foi pedida pelo CDS-PP e que tem resultado imprevisível.

Bloco e PAN votam a favor, sendo previsível o voto favorável da maioria dos deputados do PS.

CDS-PP e PCP são os únicos que anunciaram o voto contra, prevendo-se também votos contra de grande número de deputados do PSD.

Assim, o resultado dependerá dos votos desalinhados: os “sim” no PSD e os “não” do PS. A estas variáveis é preciso ainda juntar os deputados indecisos, as abstenções e os que possam estar ausentes em missão parlamentar ou por qualquer outro motivo.