Uma equipa de 13 estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa | NOVA FCT é a vencedora do primeiro prémio “Desempenho analítico” da SensUs2023, a competição internacional que reuniu estudantes de todo o mundo para desenvolver e testar sensores para detetar traumatismo cranioencefálico (TCE).

O TCE afeta 1,5 milhões de pessoas anualmente na Europa. Apesar da maioria destes traumatismos serem ligeiros (por norma, 90% dos casos), os doentes que dão entrada nas urgências têm que fazer um procedimento dispendioso como um TAC. A solução da equipa da NOVA FCT, desenvolvida em laboratório, é um biossensor para determinar a gravidade do traumatismo com apenas uma gota de sangue – os biossensores são pequenos instrumentos para uma medição rápida de moléculas em fluidos corporais para fins de diagnóstico ou monitorização. Além de diminuir custos do paciente, o biossensor rápido permite reduzir a intervenção de pessoal médico e trazer mais conforto à grande maioria dos doentes de TCE.

O prémio “Desempenho Analítico” foi entregue na Universidade Técnica de Eindhoven, nos Países Baixos. A competição internacional SensUs2023 reuniu estudantes de todo mundo e o júri foi composto por representantes da academia, da indústria e da saúde, que analisaram a criatividade e o potencial de industrialização das soluções apresentadas – o resultado em detalhe.

Os vencedores da competição internacional são liderados por Ricardo Mafra e Diogo Martins, dois estudantes do Mestrado em Engenharia de Micro e Nanotecnologias da NOVA FCT. A equipa de 13 elementos conta ainda com estudantes dos mestrados de Biotecnologia, de Biomateriais e Nanomedicina e de Engenharia Biomédica. A lista completa de vencedores: André Luís, Beatriz Nobre, Chiara La Guidara, Diogo Martins, David Alves, Lara Gonçalves, Matilde Abreu, Mariana Resende, Nuno Ferreira, Ricardo Mafra, Simão Caracho, Sofia Ribeiro e Tomás Mingates.

Os professores Ricardo Franco e Rui Igreja, do UCBIO|i4HB e CENIMAT|i3N, centros de investigação da NOVA FCT, foram os mentores da equipa vencedora. O Departamento de Química e o Departamento de Ciências dos Materiais, financiaram a inscrição no concurso e a empresa LaborSpirit doou consumíveis e reagentes essenciais para o estabelecimento do protótipo.