Um total de 252 casos do transtorno conhecido como mielite flácida aguda (MFA) estão sob investigação em todo o país, com um aumento de 33 desde a semana passada, disse Nancy Messonnier, diretora do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
A mielite flácida aguda, uma rara doença que causa paralisia em crianças, já afetou este ano 90 menores em 27 estados americanos, advertiu a responsável. Na maioria dos casos confirmados, a doença atacou o sistema nervoso e causou enfraquecimento muscular. As crianças entre os dois e oito anos são as mais afetadas.
Além disso, o CDC afirmou que há 162 pacientes em revisão que podem padecer do mesmo problema, cuja causa ainda não é conhecida.
Nancy Messonnier esclareceu em entrevista coletiva que este ano ainda não foram registradas mortes por causa da doença.
Segundo o relatório, 99% das crianças afetados por esta patologia tinha contraído uma doença viral, seja febre, tosse, congestão, vómitos ou diarreia.
Causas desconhecidas
"Estamos a tentar averiguar quais são os fatores desencadeadores que poderiam fazer com que alguém desenvolva MFA", disse Messonnier aos jornalistas.
"Pode ser um dos vírus que já detetámos. Pode ser um vírus que ainda não detetámos. Ou pode ser que o vírus esteja a desencadear outro processo que na verdade ative a MFA, através de um processo autoimune", afirmou.
Até agora já foi descartado qualquer vínculo com doenças como a poliomielite ou a febre do Nilo Ocidental, que apresentam sintomas similares.
Nos Estados Unidos já tinham sido registados surtos de mielite flácida aguda em 2014 e 2016, razão pela qual as autoridades estimam que a doença tenha um padrão de comportamento bienal.
A doença pode paralisar as extremidades do menor, alterar o seu sistema respiratório, causar fraqueza muscular, dificuldades da fala, do movimento os olhos e da deglutição.
Com agências
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