O caso, ocorrido em Nova Iorque, amplia a categoria de risco de contágio sexual até agora conhecido para o vírus, segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que tem sede em Atlanta, no estado da Geórgia (EUA).

De acordo com os investigadores que relataram o caso, a mulher em questão, de cerca de 20 anos, teve relações sexuais sem preservativo com o seu companheiro depois de voltar de um país com a presença do vírus.

Vários estudos recentes encontraram o vírus em fluidos presentes no trato vaginal.

Como medida de prevenção, as autoridades americanas ampliaram agora as recomendações de utilização de métodos proteção sexual também às mulheres que tenham viajado para algum dos países afetados pelo Zika.

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A recomendação estende-se a mulheres que tenham uma companheira grávida, embora não tenham sido registados contágios entre casais do sexo feminino.

Os CDC recomendam às mulheres grávidas para não viajarem para regiões com a presença do vírus devido ao alto risco de que, em caso de contágio, o feto sofra complicações sérias, como microcefalia. A Direção-geral de Saúde em Portugal faz a mesma recomendação.

Os viajantes que regressem de zonas com presença do Zika - mesmo que não tenham sintomas da doença - devem tomar medidas para prevenir as picadas de mosquitos durante 3 semanas, para não propagar o vírus por esta via.

O vírus Zika é transmitido principalmente através da picada do mosquito Aedes aegypti infetado, embora tenha sido comprovado também o contágio através de fluidos corporais como urina, sangue, sémen e líquido amniótico.

De acordo com um estudo revelado esta semana, a epidemia do vírus Zika vai provavelmente desaparecer daqui a dois ou três anos na América Latina de forma natural.