Combater a ideia de uma sociedade patriarcal, assim como o machismo e a misoginia, na base de muita da violência física e emocional de homens contra mulheres, requer uma mudança de paradigma na educação e formação dos indivíduos. Porque uma sociedade mais justa e igualitária deve colocar os géneros no mesmo patamar, livres de quaisquer situações de submissão ou de dominação.
Contribuir para esta mudança é o que se propõe a Escola para Homens, um projeto de educação relacional e sexual adulta, direcionado exclusivamente ao público masculino. Para a criadora do conceito Aline Castelo Branco, que é sexóloga e especialista em inteligência emocional e relacional, “uma verdadeira mudança de atitudes e comportamentos na relação entre géneros requer o abandono de uma abordagem apenas centrada na sensibilização. Temos sim de investir, cada vez mais, em respostas educativas que tenham foco nos homens”.
É nesse sentido que atua a Escola para Homens, um projeto online - com planos de, no futuro, também estar em espaço físico -, ao abordar a educação dos homens em três pilares: intervenção emocional, tratamento de disfunções e educação relacional e sexual. Conta com mais de três mil alunos, maioritariamente no Brasil, onde foi inicialmente lançada e tem posição consolidada, mas também participantes de Portugal, Angola, Moçambique e EUA.
Com este lançamento no país, o projeto quer aproximar-se da realidade nacional. “A partir de uma pesquisa realizada, descobrimos que 65% das mulheres portuguesas tem baixa autoestima e que isso se deve, em parte, à falta de elogio e do cuidado dos parceiros. Por outro lado, os homens portugueses ainda estão muito concentrados no seu próprio prazer. São atitudes e comportamentos que queremos ajudar a mudar com a nossa oferta formativa”, sublinha Aline Castelo Branco.
A estreia da Escola para Homens é já este mês, com o curso “Prazer Interno”, uma maratona de três dias, online e gratuita, de 28 a 30 de setembro, onde os homens vão ficar a saber o essencial sobre orgasmo feminino através da penetração. Com recurso a tecnologia 3D, pretende-se dotar os alunos de conhecimentos e técnicas, cientificamente comprovados, para melhor atingir o fundo vaginal, através da angulação do pénis, e assim conseguir despertar prazer intenso e sentimentos profundos de intimidade.
A oferta formativa inclui ainda “Como dar prazer à mulher”, um curso que orienta o homem desde a componente emocional feminina, até aos preliminares, nomeadamente a forma de fazer sexo oral; e “Desempenho 10”, dedicado às disfunções sexuais, em que o aluno, através de técnicas de ginástica íntima masculina, aprende a evitar determinadas falhas durante a intimidade.
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