A greve arrancou às 00:00 de hoje e decorre até às 24:00 de 31 de dezembro, abrangendo o setor público em todo o país.
Entre as reivindicações associadas à greve, o Sindepor pede a integração imediata nos quadros de todos os enfermeiros com contratos de trabalho válidos e o cumprimento das chamadas “dotações seguras”, através da admissão imediata de enfermeiros, bem como “a consagração efetiva da autonomia das instituições para contratarem”.
Os enfermeiros reclamam também a concretização da regularização e da abertura de concursos para todas as categorias, nomeadamente enfermeiro, enfermeiro especialista e enfermeiro gestor, assim como para as funções de direção, “aliada à justa aplicação legal da contagem de pontos a todos os enfermeiros para efeitos de progressão na carreira”.
O objetivo do sindicato é discutir estes pontos com o Ministério da Saúde, num processo negocial para uma carreira de enfermagem “aplicável de igual forma, que valorize a profissão, corrija desigualdades, injustiças e as discriminações atuais”.
O objetivo é que seja incluída “a compensação do risco, desgaste rápido e penosidade inerente à profissão e nomeadamente através da atribuição de subsídio de risco e condições específicas de acesso à aposentação sem penalizações”, referem em comunicado.
Defendem ainda uma revisão da tabela salarial, não só em “valores pecuniários”, como também à sua estrutura e progressões, e reivindicam um modelo de avaliação do desempenho “justo, transparente e exequível, que considere as especificidades da profissão e promova o desenvolvimento profissional e salarial dos enfermeiros”.
Além da greve convocada pelo Sindepor, está a decorrer desde segunda-feira uma outra greve às horas extraordinárias, apenas em Portugal continental, convocada pelo Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) até 25 de novembro.
Num balanço dos primeiros três dias de greve, o SNE apontou uma “elevada adesão” daqueles profissionais de saúde, destacando também o “cumprimento escrupuloso” dos serviços mínimos.
Para o dia 10 de novembro, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou uma greve nacional contra os problemas existentes no Serviço Nacional de Saúde e para exigir soluções ao Ministério da Saúde.
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