Em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) explica que a greve decretada para sexta-feira visava pressionar o Ministério da Saúde a agendar uma reunião para “negociar soluções para os vários problemas dos enfermeiros”, desde a contagem de pontos à reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior da Administração Pública.
O pedido de demissão do primeiro-ministro, na terça-feira, que foi aceite pelo Presidente da República, “determinou que o atual Governo deixasse de estar na plenitude das suas condições para governar. Ou seja, o Governo está ‘em funções de gestão'”, refere o SEP.
Estas novas circunstâncias, que levaram o Governo a desconvocar reuniões negociais agendadas com outras estruturas sindicais, “tornaram irrealizável o objetivo da greve decretada para dia 10 de novembro”, acrescenta.
O SEP insiste, contudo, que os problemas dos enfermeiros “vão agudizar-se e requerem soluções” e diz que, em função do novo quadro político que o Presidente da República vier a decidir e anunciar, reajustará o seu plano de intervenção e luta.
Aproveita ainda para apelar à participação dos enfermeiros na manifestação de sábado, em Lisboa e no Porto, convocada pela CGTP.
A greve nacional de sexta-feira tinha sido convocada em 19 de outubro.
Na altura, o SEP apontou como motivos o agravamento das condições de trabalho, a desregulação dos horários de trabalho, a sobrecarga horária, a perda de paridade da carreira de enfermagem com a carreira técnica superior da administração pública, a não conclusão dos processos de avaliação e a ausência de medidas de retenção de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde.
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