
Em declarações à agência Lusa, Afonso Kileba explicou que as partes estiveram reunidas por cinco horas para abordar questões relacionadas com a declaração de greve, que visa reivindicar, entre outras preocupações, o pagamento de retroativos referente à carreira de enfermagem, a promoção dos profissionais com mais de cinco anos de serviço e a realização de concursos públicos internos para os técnicos que aumentaram os seus níveis académicos na área.
Segundo o sindicalista, ficou acordado no encontro de quinta-feira que no dia do arranque da greve será realizada uma assembleia, em que a entidade patronal deverá esclarecer aos filiados as soluções para as suas reivindicações.
"A entidade empregadora é que vem falar com os nossos filiados das matérias ligadas às reivindicações e é a partir desta assembleia que vai ter a autoridade de suspender ou não a greve. Senão a greve nas primeiras horas vai decorrer mesmo", explicou.
Acrescentou que o encontro de quinta-feira "não surtiu efeito, não foi convincente" e sugeriu à entidade patronal participar da referida assembleia, "para esclarecer aos funcionários o que têm para dizer".
Participaram no referido encontro Afonso Kileba, acompanhado de mais 14 membros da comissão negociadora, enquanto da parte da entidade empregadora liderou a representação o vice-governador de Luanda para a área económica, Júlio Bessa, acompanhado da diretora provincial da Saúde de Luanda, Rosa Bessa, o diretor do gabinete dos recursos humanos do Governo provincial de Luanda e dois juristas.
"Em momento nenhum nós dissemos que a greve está suspensa, não houve nenhuma informação sobre isso, apenas a convocação da assembleia para segunda-feira", reafirmou.
Relativamente ao período de greve, Afonso Kileba referiu que a duração dependerá da celeridade que o Governo terá para atender às preocupações apresentadas.
O Sintenfl conta com um total de 6.000 filiados atualmente, mas está em processo de atualização, devido aos casos de morte e de reformas.
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