Essa relação já tinha sido observada por especialistas, mas a análise publicada no "European Journal of Clinical Nutrition", do grupo Nature, confirma a hipótese. Os estudos incluem pessoas com privação parcial do sono que dormiam entre três horas e meia e cinco horas e meia por noite.

A meta-análise conclui que quem passa menos tempo na cama consome, em média, 385 calorias a mais por dia - o equivalente a um hambúrguer simples com queijo.

A explicação é que dormir pouco pode desregular as hormonas relacionados com o apetite, como a grelina e a leptina, aumentando a vontade de comer.

Por outro lado, os cientistas apontam outros motivos: o consumo extra de calorias pode ser provocado pelo organismo que ao querer recarregar energias envia sinais ao cérebro que podem ser interpretados como fome e não como necessidade de dormir.

Os cientistas explicam ainda que quem está em privação do sono tende a procurar prazer imediato, refugiando-se em comida. A procura por alimentos mais calóricos tem também a ver com a desregulação hormonal, diz Francisco Tostes, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, citado pelo jornal Extra.

Os especialistas da "National Sleep Foundation", uma organização não-governamental com sede em Washington, Estados Unidos, defendem que um adulto deve dormir em média entre sete a oito horas por noite, de maneira a evitar desregulações hormonais e outros problemas de saúde.

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