
Mais de mil milhões de pessoas de 149 países estão a sofrer as consequências das doenças tropicais negligenciadas, escreve a BBC com base em dados da Organização Mundial de Saúde.
Trata-se de um grupo de doenças tropicais endémicas, especialmente entre populações pobres de África, Ásia e América Latina.
Reflexo da falta de interesse de autoridades competentes e baixo investimento em investigação para tratamento ou cura, essas doenças acabam replicando, em populações atingidas, ciclos de pobreza e desenvolvimento infantil deficitário, além de impactar negativamente taxas de fertilidade, natalidade e produtividade, escreve a televisão britância.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece 18 doenças como DTNs: dengue, raiva, tracoma, úlcera de Buruli, bouba, hanseníase, doença de Chagas, doença do sono, leishmaniose, teníase/neurocisticercose, dracunculíase, equinococose, trematodíases de origem alimentar, filariose linfática, oncocercose (cegueira dos rios), esquistossomose, helmintíases transmitidas pelo solo e micetoma.
Diferentemente da infeção por Zika ou Ébola - ou da gripe aviária e do coronavírus SARS -, há pouco risco de as DTNs se espalharem pelo mundo desenvolvido.
Os atingidos concentram-se sobretudo em áreas rurais remotas ou aglomerados urbanos, com pouco interesse económico para as farmacêuticas mundiais.
Nem todas as infeções por DTNs resultam em morte, mas conviver com elas pode ser debilitante.
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