O ministério da Justiça considera o caso "normal", mas a divulgação de informações pessoais está a gerar um clima de vingança entre colegas na Direção-Geral da Administração da Justiça.
Segundo a TSF, documentos enviados, em 2017, aos funcionários preteridos em transferências para a Madeira detalhava informações sobre os colegas esocolhidos como o estado civil, vida amorosa, número e idade dos filhos, além de informações concretas sobre a saúde dos próprios e família e problemas financeiros.
A maioria dos visados são mulheres. A dezena de ofícios enviados aos funcionários preteridos em transferências para a Madeira chega a detalhar informações dos colegas como o Estado civil, a vida amorosa, o número e idade dos filhos, informações concretas sobre a saúde dos próprios e da família, problemas financeiros, mas também consultas com psicólogos e medicação para cardiopatias ou depressão, por exemplo.
A par dessa informação, os documentos incluem dados sobre as moradas ou números de identificação fiscal.
Alguns casos
Um dos ofícios detalha o caso concreto de uma escrivã com residência e família na Madeira, para onde se quer transferir com o objetivo de dar apoio a nível emocional e financeiro aos pais, pois a irmã "que o fazia está desempregada".
Há ainda uma funcionária que explica que só tem um rim e sofre de depressão há três anos com "fases muito complicadas" devido a "ataques de ansiedade e pânico".
Um outro escrivão invoca os "graves constrangimentos financeiros" e dívidas que tem, mas também a "frustração" por não estar na Madeira, o que "colocou em causa a sua sanidade mental" obrigando a consultas numa psicóloga e ao diagnóstico de uma "depressão" medicada com antidepressivos.
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