Em 22 de agosto, o Executivo britânico acrescentou Portugal à sua lista de países com baixa risco de infecção por COVID-19, o que significa que os recém-chegados não teriam de cumprir os 14 dias de isolamento obrigatório.
Em um território onde cada uma das quatro nações administra os seus sistemas de saúde de forma autónoma, porém, as autoridades galesas e escocesas decidiram reimpor a quarentena a Portugal a partir desta sexta-feira e do sábado, respectivamente.
A medida não se aplica aos viajantes que desembarcarem na Inglaterra, ou na Irlanda do Norte.
"Dou-me conta de que cria confusão que as pessoas não tenham uma regra única, mas temos essa abordagem descentralizada em todo o Reino Unido e eu posso ser responsável apenas pela parte inglesa", disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps, ao canal Sky Notícia.
O responsável reconheceu, por exemplo, que quem chega no mesmo avião ao aeroporto de Cardiff terá de se isolar, ou não, dependendo se o seu destino final é o País de Gales ou a vizinha Inglaterra.
O governo galês também introduziu restrições aos viajantes de Gibraltar esta semana.
Com o objetivo de evitar a importação de casos de COVID-19, a medida foi imposta repentinamente aos viajantes da Espanha no final de julho, e da França, em meados de agosto, levando muitos a cancelarem suas férias, ou interrompê-las de forma abrupta, para regressar ao Reino Unido antes da sua entrada em vigor.
Desde a sua aplicação, as críticas multiplicaram-se nas redes sociais sobre a aparente falta de controlo por parte das autoridades britânicas.
"Pergunto-me se todo mundo se preocupa em respeitar estritamente a quarentena", disse uma internauta identificada como Catherine Parrish.
Mais de 260 pessoas foram visitadas pela polícia na região de Manchester desde 22 de agosto, depois de não responderem a chamadas de controlo, e duas foram multadas, noticiou a agência de notícias britânica Press Association na quinta-feira.
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