18 de abril de 2013 - 09h34
Os diabéticos portugueses que usam bomba de insulina vão poder contar com uma nova tecnologia que lhes permite enviar dados clínicos por via informática de forma a estarem em contacto mais permanente com o seu médico.
Este Sistema de Monitorização Remota de Diabéticos vai ser hoje apresentado e destina-se a utilizadores de bombas de insulina, geralmente doentes com diabetes tipo 1 que precisam de dar mais de quatro injeções e insulina por dia.
Estas bombas administram insulina continuamente, de acordo com a programação que é feita inicialmente – em função de diversos fatores, como a alimentação do doente –, necessitando de alguns ajustes feitos com a ajuda do profissional de saúde.
“As pessoas com diabetes conseguem, a partir de casa, enviar informação, que é introduzida no sistema da APDP [Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal]. Se os valores estiverem fora dos valores ideais, o profissional de saúde é imediatamente informado e entra em contacto com o doente”, explicou à Lusa João Raposo, diretor clínico da APDP.
O responsável esclareceu que, através de smartphone, o médico tem acesso imediato aos dados da pessoa com diabetes e à sua ficha clínica.
O doente pode enviar a informação por sms ou por e-mail e esta informação entra automaticamente no sistema da APDP, que interage com o processo clínico (do qual consta o que o médico definiu como valores esperados).
“Se estiver tudo bem, a associação comunica ao doente que está tudo bem, se não o médico entra logo em contacto com ele”, acrescentou.
Este projeto, que esteve em discussão mais de cinco anos, já está em aplicação.
As bombas de insulina são comparticipadas pelo Estado, mas estão limitadas para pessoas com mais de quatro injeções diárias.
Segundo João Raposo, o Estado comparticipa por ano cem bombas para adultos diabéticos, 30 para mulheres com diabetes que pretendem engravidar e 40 para crianças até cinco anos de idade, todos doentes de diabetes tipo 1.
Lusa