O programa Lisboa +55 passou assim a ser uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a Direção-Geral de Saúde, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, tendo hoje sido assinado um protocolo de colaboração entre os quatro organismos.
O programa pretende combater o sedentarismo e o isolamento através da prática da atividade física, ambicionando chegar ao maior número de pessoas, depois do projeto piloto ter envolvido cerca de 400.
Segundo disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro, trata-se de “um dos projetos mais importante” que a autarquia está a desenvolver na área do desporto, tendo em conta que se trata da faixa etária a partir da qual existe menor atividade física desportiva.
“[Pretendemos] que tenha um impacto muito grande na qualidade de vida e saúde. Vai combater o sedentarismo e o isolamento através da oferta da prática desportiva adequada para a faixa etária, promovendo o convívio e o acompanhamento das pessoas de mais de 55 anos”, disse Duarte Cordeiro, avançando que se tratará “de um programa bandeira” para melhorar a vida na cidade.
De acordo com o vice-presidente da autarquia, o projeto é agora alargado a mais juntas de freguesia e clubes e associações.
“Este protocolo serviu, por um lado, para que a ARS faça uma recomendação a todas as pessoas que têm consulta para fazerem a prática desportiva, acrescentando o acompanhamento em questão de saúde e aconselhamento na área da alimentação saudável”, afirmou o responsável.
Para a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, as instituições “têm de ser ambiciosas para mudar o paradigma que há em Portugal”, já que “vivemos muito, sobretudo as mulheres”, um facto que, no seu entender, “é muito bom” já que se trata de “uma conquista”.
“Estes programas de promoção de saúde são fundamentais para as pessoas envelhecerem de forma ativa e saudável. O envelhecimento não é só ao fim da vida, todos os dias envelhecemos”, disse Graça Freitas.
Para a responsável, é importante a existência destes programas “próximos da residência”, onde as pessoas encontram “uma turma sem dificuldade em aceder e estejam acompanhadas em convívio”. “Espero que muitas pessoas possam aderir para fazerem a diferença no futuro”, frisou.
Por seu turno, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Eduardo Martinho, ressalvou a importância do programa não só para a “adoção de estilos de vida saudável, mas também a hábitos de alimentação saudável”.
“Este é um programa que se centra no fazer parte da cidade, do usufruir da cidade, independentemente da idade que as pessoas têm. Não podemos esquecer, por força da idade, daqueles que têm uma maior dificuldade de participação”, sublinhou.
Luís Pisco, presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, recordou a existência de “5,9 milhões de portugueses com excesso de peso, sendo que oito em cada 10 são idosos”.
“A população está a envelhecer, daí a necessidade de políticas integradas que são uma necessidade, não um luxo no futuro”, disse Luís Pisco, adiantando a necessidade deste tipo de ações realizadas em conjunto com outros organismos de forma a “identificar e orientar programas que vão beneficiar” a população.
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