O menino, de 21 meses, que tem um diagnóstico de gripe do subtipo A, foi para casa, onde aguarda o resultado dos testes para despistagem da hepatite aguda, confirmou a fonte do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).
Na quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração do CHUSJ afirmou que a criança estava a ser avaliada e que os resultados iriam ser conhecidos nos próximos dias.
“Temos uma criança suspeita de hepatite aguda que ainda está a ser avaliada do ponto de vista laboratorial. Cumpre com os critérios que estão definidos para caso suspeito, por isso, ainda hoje será registada dessa forma, ainda que em termos clínicos a suspeita para este tipo de hepatite seja pouco robusta”, afirmou Fernando Araújo.
Em declarações aos jornalistas, à margem do primeiro teste com veículos não tripulados realizado no hospital, o responsável afirmou que a criança estava “estável” e que a sua evolução clínica estava a ser acompanhada.
Apesar da suspeita de hepatite aguda, Fernando Araújo disse que “não se prevê que seja um caso confirmado nesse sentido”.
Na mesma ocasião, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, salientou que o Governo “olha com preocupação” para os cerca de 200 casos de hepatite aguda em crianças que têm surgido a nível mundial.
“São cerca de 200 casos a nível mundial, com 20 casos de transplante hepático. De facto, aquilo que devemos fazer neste momento é ter os colegas de medicina geral e familiar e pediatras em grande alerta, para poderem monitorizar, e as pessoas estarem sensibilizadas para alguns sintomas nestas crianças”, referiu o governante.
Também na quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou que criou uma ‘task force’ de “acompanhamento e atualização” do surto mundial de hepatite aguda em crianças.
A autoridade de saúde acrescentou que o caso suspeito em Portugal tem um diagnóstico de gripe A.
Esta ‘task force’ terá como missão “o acompanhamento e atualização da situação internacional, a avaliação de risco a nível nacional e a elaboração de orientações técnicas para a deteção precoce de eventuais casos que venham a ser identificados no país”, referiu a DGS em comunicado.
No contexto do surto internacional de “hepatite de etiologia desconhecida”, a DGS constituiu uma ‘task force’ em articulação com o Programa Nacional para as Hepatites Virais e com a Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Como medidas contra este surto, a DGS recomenda a higienização das mãos e a etiqueta respiratória.
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