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Mais profissionais levará a menos gastos com horas extraordinárias
15 de maio de 2013 - 14h55
O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve assegurou hoje que não haverá despedimentos nem encerramentos de serviços com a criação do Centro Hospitalar do Algarve.
Numa audição na comissão parlamentar de Saúde requerida pelo Bloco de Esquerda, Martins dos Santos sublinhou haver um “défice crónico de recursos humanos”, nomeadamente de médicos.
Dada esta falta de profissionais, o dirigente referiu não estar em causa o encerramento de serviços, mas antes o seu reforço.
“Há necessidade de reforçarmos algumas estruturas, que podem ser partilhadas, sem que isso cause a saída de pessoas”, disse.
Martins dos Santos reforçou que com mais profissionais haverá menos gastos com horas extraordinárias, por isso há “todo o interesse em reforçar as valências”.
“Se temos recursos humanos em número reduzido, vamos potenciar a capacidade de resposta se conseguirmos fazer uma gestão articulada”, afirmou o dirigente, exemplificando com o número de pediatras: vinte e quatro profissionais em Faro e oito em Portimão, dos quais cinco com mais de 55 anos, ou seja, a idade legal para optarem por fazer ou não urgências.
Na “fundamentação” da criação do centro hospitalar, que agrega as unidades de Faro e do Barlavento (Portimão e Lagos), está um estudo da Administração Central do Sistema de Saúde.
Respondendo às perguntas dos deputados, Martins dos Santos assegurou que “não houve secretismo” no novo centro e referiu que o processo se estendeu entre o final de 2011 e abril deste ano, com a audição de diversas entidades.
Questionado sobre o projeto do Hospital Central do Algarve, o presidente da ARS lembrou não haver condições financeiras para “suportar o encargo”.
“A opinião mantém-se de que é fundamental a sua existência para deslocalizar o atual hospital de Faro”, resumiu o responsável, repetindo a justificação de falta de meios para não avançar a construção de uma nova unidade em Lagos.
O dirigente admitiu a possibilidade de haver mobilidade de profissionais, “se se justificar e se a administração assim o entender”, porque nestes casos o “interesse coletivo sobrepõe-se ao individual”.
Lusa
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