Avisos emitidos em vários distritos informaram que os moradores foram ordenados a ficar em casa e estão impedidos de receber entregas não essenciais, como parte de um “período tranquilo”, que dura até quarta-feira.

As medidas mais rígidas podem ser prolongadas, dependendo dos resultados dos testes em massa.

Não é claro o que motivou o retrocesso na abertura da cidade, numa altura em que o número de novos casos continua a cair.

Xangai registou 3.947 casos, nas últimas 24 horas, quase todos sem sintomas, e onze mortos.

A “capital” económica da China ordenou, inicialmente, testes em massa e um bloqueio limitado a bairros onde foram diagnosticados casos positivos, mas acabou por alargar as medidas a toda a cidade, face ao rápido aumento do número de casos.

Milhares de residentes foram isolados em centros de quarentena centralizados, por testarem positivo à covid-19 ou apenas por terem estado em contacto com uma pessoa infetada.

O isolamento de todos os casos, mesmo que assintomáticos, em instalações designadas, muitas com condições degradantes, e falta de acesso a bens essenciais e cuidados médicos na cidade mais próspera da China suscitaram uma vaga de reclamações.

“Eu moro em Xangai porque me sinto confortável aqui. É mais internacional, mais liberal. Mas, se se tornar noutra cidade sob o jugo do poder central, começo a pensar seriamente o meu futuro aqui”, disse à Lusa um cidadão estrangeiro radicado na cidade.

Em Pequim, as autoridades fecharam o maior distrito da cidade, com os moradores a terem de permanecer em casa e as lojas fechadas.

A capital chinesa ordenou várias rondas de testes em massa, encerrou parques e outros locais de lazer. Os restaurantes podem apenas fazer entregas ao domicílio.

A China pratica uma política de “zero casos”, que inclui medidas de confinamento altamente restritivas e a realização de rondas de testes em massa sempre que um surto é detetado.