Os ensaios, desenvolvidos em parceria com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, envolveram 25.800 indivíduos e são os maiores já realizados na Índia.

“Hoje é um marco importante na descoberta de vacinas, para a ciência e para a nossa luta contra o coronavírus”, afirma em comunicado o presidente e diretor administrativo da Bharat Biotech, Krishna Ella.

“A Covaxin demonstra uma tendência de alta eficácia clínica contra a covid-19, mas também uma imunidade significativa contra as variantes que emergem rapidamente”, acrescenta.

A fórmula da Covaxin, ou BBV152, feita a partir do isolamento da Sars-Cov-2, é estável entre os dois e os oito graus Celsius e enviada numa formulação líquida pronta para uso.

O frasco pode estar aberto até 28 dias, “reduzindo assim o desperdício de vacina em aproximadamente 10% a 30%”, informa o comunicado

A fase três do estudo envolveu 25.800 participantes com idades compreendidas entre os 18 e os 98 anos, incluindo 4.500 voluntários com doenças crónicas subjacentes.

"A primeira análise provisória é baseada em 43 casos, dos quais 36 foram observados no grupo do placebo e sete observados no grupo BBV152 (Covaxin), resultando numa estimativa pontual da eficácia da vacina de 80,6%”, esclarece a empresa no comunicado.

A Covaxin foi aprovada pelos reguladores indianos enquanto ainda estava em fase de testes e é, juntamente com a Covishield, desenvolvida pela Oxford University e AstraZeneca, uma das vacinas usadas pela Índia na campanha de vacinação em massa lançada a 16 de janeiro.

Mais de cinco milhões de doses de Covaxin foram usadas no arranque da campanha e, no início desta semana, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, recebeu a primeira dose desta vacina.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.549.910 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.389 pessoas dos 805.647 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.