“Para retomar a atividade, sobretudo obviamente (...) no exercício mais intenso - por exemplo, o desporto federado -, devem ser acompanhados e devem contactar o médico assistente. Devem mesmo ser avaliados por alguém da cardiologia e, pelo menos, o eletrocardiograma está recomendado”, afirmou Mónica Rebelo.

Em declarações à agência Lusa, a especialista explicou que “já existem algumas normas da sociedade americana de cardiologia a alertar para essa situação”.

“Nós temos de nos lembrar das nossas crianças, que na fase aguda muitas são assintomáticos, mas algumas até tiveram sintomas, mas nem os descreveram (...) e, depois, quando retomam a atividade referem um cansaço diferente, uma tolerância diferente ao exercício”, afirmou Mónica Rebelo, sublinhando: “Isto é obviamente consequência de terem tido a infeção”.

A diretora da cardiologia pediátrica do Santa Maria dá o exemplo de alguns atletas federados que, apesar do confinamento, se mantiveram a treinar à distância e, por isso, não são tão acompanhados pelos treinadores, sublinhando a importância do acompanhamento clínico no regresso à atividade física intensa.