Em comunicado, Francisco Rodrigues dos Santos sublinhou que a “prioridade na vacinação a todos os titulares de órgãos de soberania é um péssimo exemplo ao país” e também “um insulto” para os “que mais sofrem” com a pandemia.
“É indefensável colocar todos esses políticos à frente dos mais idosos, dos utentes dos lares, dos profissionais de saúde – tanto do público como do privado – e de outros grupos de risco que ainda não foram vacinados”, declarou.
Francisco Rodrigues dos Santos reiterou que se estivesse abrangido por este “direito prioritário” cederia a sua vacina a um idoso.
“Defendo há muitas semanas a revisão imediata do plano de vacinação, para que os mais idosos, acima dos 80 anos, sejam incluídos na primeira fase do plano”, acrescentou Rodrigues dos Santos.
Os titulares de órgãos de soberania, deputados, funcionários da Assembleia da República, membros dos órgãos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assim como presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
De acordo com um despacho, emitido na segunda-feira pelo primeiro-ministro e a que o Diário de Notícia teve acesso, também a Provedora da Justiça, os elementos do Conselho de Estado e a magistratura do Ministério Público também vão estar incluídos na vacinação que tem início na primeira semana de fevereiro.
A pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2 provocou 291 mortes e 10.765 infeções nas últimas 24 horas.
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