Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.231 mortes associadas à COVID-19 e 29.209 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, registaram-se mais 13 óbitos (aumento de 1,1%) e mais 173 infetados (aumento de 0,6%).

Hoje há 6.430 recuperados, mais 1.794 casos face a domingo, o maior aumento de sempre desde o início da transmissão do vírus em Portugal.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de domingo, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 698 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (279), Centro (223) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 628 doentes internados, menos 21 do que no domingo, e 105 em unidades de cuidados intensivos, menos três que ontem.

Pelo menos 2.260 pessoas aguardam resultado laboratorial e 25.360 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 295.449 casos suspeitos, sendo que 263.980 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
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O secretário de Estado da Saúde considerou hoje, em conferência de imprensa, ser "um dever respeitar escrupulosamente as regras" das autoridades de saúde neste período de desconfinamento e pediu às pessoas que se comportem com consciência, responsabilidade e civismo. "Não nos podemos esquecer que cada ação nossa tem impacto no outro e por isso temos o dever de continuar a respeitar escrupulosamente as regras estipuladas pelas autoridades de saúde porque continuamos todos a ser agentes de saúde pública", afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa relativa ao ponto da situação da COVID-19 em Portugal.

Mais informações no boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 824 tinham mais de 80 anos, 242 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 111 entre os 60 e 69 anos, 40 entre 50 e 59, 13 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.396 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (8.361), da região Centro (3.628), do Algarve (356) e do Alentejo (243). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.62 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.485), Porto (1.318), Matosinhos (1.236), Braga (1.154), Gondomar (1.053), Maia (912), Sintra (899), Valongo (740), Ovar (640) e Coimbra (567).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.942), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.907), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.351 casos.

Há 4.263 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.627 entre os 20 e os 29 anos, 3.250 entre os 60 e 69 anos e 2.419 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 528 casos de crianças até aos nove anos e 922 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim divulgado esta segunda-feira, 41% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
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Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 315 mil mortos e mais de 4,7 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 315.270 pessoas e infetou mais de 4,7 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11h00 de hoje, baseado em dados oficiais. De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa, já morreram pelo menos 315.270 pessoas e há mais de 4.727.220 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.700.000 foram considerados curados.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à COVID-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 89.564 óbitos em 1.486.742 casos. Pelo menos 272.265 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades norte-americanas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido com 34.636 mortes para 243.303 casos, Itália com 31.908 mortes (225.435 casos), França com 28.108 mortes (179.569 casos) e Espanha com 27.650 óbitos (231.350 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.954 casos (sete novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.238 curados.

A Europa totalizou 166.836 mortes para 1.901.173 casos, Estados Unidos e Canadá 95.451 mortes (1.563.744 casos), América Latina e Caraíbas 29.493 mortes (524.050 casos), Ásia 12.394 mortes (362.543 casos), Médio Oriente 8.204 mortes (282.288 casos), África 2.765 mortes (85.028 casos) e Oceânia 127 mortes (8.402 casos).

Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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