Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.135 mortes associadas à COVID-19 e 27.581 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente aos dados de sábado, há um aumento de nove mortes (subida de 0,8%) e de 175 infetados (crescimento de 0,6%).

Há já 2.549 casos de recuperação, mais 50 do que ontem.

Os sintomas menos conhecidos da COVID-19 que não deve ignorar
Os sintomas menos conhecidos da COVID-19 que não deve ignorar
Ver artigo

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 648 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (243), Centro (216) e Algarve (13). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 14 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 797 doentes internados, menos 18 do que no sábado, e 112 em unidades de cuidados intensivos, menos oito que ontem.

Pelo menos 2.754 pessoas aguardam resultado laboratorial e 26.344 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 274.536 casos suspeitos, sendo que 242.082 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no boletim de hoje, 763 tinham mais de 80 anos, 227 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 97 entre os 60 e 69 anos, 36 entre 50 e 59, 11 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

Pelo menos dois metros entre pessoas e não só. As novas regras da DGS para a reabertura de bares e restaurantes
Pelo menos dois metros entre pessoas e não só. As novas regras da DGS para a reabertura de bares e restaurantes
Ver artigo

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 15.952 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (7.242), da região Centro (3.581), do Algarve (346) e do Alentejo (235). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.735 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.453), Porto (1.300), Matosinhos (1.204), Braga (1.149), Gondomar (1.048), Maia (908), Sintra (762), Valongo (737), Ovar (625) e Coimbra (561).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.657), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.649), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.189 casos.

Há 3.983 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.315 entre os 20 e os 29 anos, 3.134 entre os 60 e 69 anos e 2.353 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 468 casos de crianças até aos nove anos e 842 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim divulgado este domingo, 42% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 16% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

Comida ao domicílio em época de COVID-19: todas as regras segundo a DGS
Comida ao domicílio em época de COVID-19: todas as regras segundo a DGS
Ver artigo

O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

Portugal entrou às 00:00 de domingo, dia 3 de maio, em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já matou 279.185 pessoas e infetou mais de quatro milhões no mundo

A pandemia do novo coronavírus causou pelo menos 279.185 mortos no mundo desde que apareceu na China em dezembro último, segundo um balanço divulgado às 12:30 de hoje pela agência francesa France Presse (AFP).

De acordo com o balanço da AFP, elaborado a partir de fontes oficiais, mais de 4.035.470 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 195 países e territórios desde o início da pandemia.

Entre estes casos, pelo menos 1.340.700 pessoas foram consideradas como curadas.

Os Estados Unidos, que registaram o primeiro óbito associado ao novo coronavírus no início de fevereiro, mantêm-se como o país com mais vítimas mortais (78.794) e com mais casos de infeção registados (1.309.541 casos).

Pelo menos 212.534 pessoas foram declaradas como curadas no território norte-americano.

Depois dos Estados Unidos, o balanço da AFP refere que os países mais afetados, todos na Europa, são o Reino Unido (31.587 mortos e 215.260 casos), Itália (30.395 mortos e 218.268 casos), Espanha (26.621 mortos e 224.390 casos) e França (26.310 mortos e 176.658 casos).

Ainda na Europa, a Rússia também já ultrapassou a barreira dos 200 mil casos confirmados da doença covid-19, com um total de 209.688 desde o início da pandemia.

Na China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde o novo coronavírus foi detetado pela primeira vez em dezembro último, estão oficialmente contabilizados 82.901 casos (com o registo de 14 novos casos entre sábado e hoje), incluindo 4.633 vítimas mortais e 78.120 pessoas recuperadas.

Por regiões do mundo, a Europa somava hoje ao fim da manhã 155.441 mortes em 1.721.579 casos, Estados Unidos e Canadá 83.597 mortes (1.377.243 casos), América Latina e Caribe 19.743 mortes (359.010 casos), Ásia 10.541 mortes (289.683 casos), Médio Oriente 7.554 mortes (219.755 casos), África 2.184 mortes (59.927 casos) e Oceânia com 125 mortes (8.276 casos).
Este balanço é realizado com base em dados recolhidos a nível internacional junto das autoridades nacionais competentes e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Coronavírus SARS-CoV-2: quantas horas pode sobreviver no ar, papel ou plástico?