Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.691 mortes associadas à COVID-19 e 48.771 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais dois óbitos (subida de 0,1%), 135 infetados (aumento de 0,28%) e 178 recuperados. Ao todo há já 33.547 casos de recuperação em Portugal. Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região do país com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 108 das 135 novas infeções (80%).

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 827 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (564), Centro (251) e Alentejo (19). Pelo menos 15 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 454 doentes internados, mais 15 do que no domingo, e 61 em unidades de cuidados intensivos, o mesmo número do que ontem.

Pelo menos 1.560 pessoas aguardam resultado laboratorial e 35.073 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 420.635 casos suspeitos, sendo que 370.304 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.135 tinham mais de 80 anos, 326 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 150 entre os 60 e 69 anos, 55 entre 50 e 59, 20 entre os 40 os 49, três entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

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Casos por região e concelho

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 24.369, seguida da região Norte (18.356), da região Centro (4.361), do Algarve (790) e do Alentejo (635). Nos Açores, existem 158 casos confirmados e na Madeira 102.

Relativamente aos concelhos, Lisboa continua assim a registar o maior número de infeções pelo coronavírus, com 4.240 casos, seguido de Sintra (3.476), Loures (2.197), Amadora (2.090), Vila Nova de Gaia (1.786), Porto (1.437), Odivelas (1.425), Matosinhos (1.313), Cascais (1.302), Braga (1.265), Gondomar (1.102), Oeiras (1.030), Vila Franca de Xira (973), Maia (957), Seixal (797), Valongo (782), Guimarães (739), Almada (774), Ovar (702) e Coimbra (626).

Distribuição por idades

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos(8.062), seguida da faixa dos 30 e 39 anos (7.943) e das pessoas entre 50 aos 59 anos (7.450).

O país registou até ao momento 7.402 doentes com idades entre os 20 e os 29 anos, 5.695 em pessoas mais de 80 anos, 4.917 entre os 60 e 69 anos e 3.414 entre os 70 e 79 anos.

A DGS dá conta ainda de 2.170 casos de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e de 1.654 de crianças até aos nove anos.

De acordo com o documento, 35% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 14% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Os casos importados

Há várias semanas que não há alteração nos dados dos casos importados em Portugal. Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 606 mil mortos no mundo

A pandemia de COVID-19 já provocou 606.605 mortos em todo o mundo, entre os 14.528.490 de casos, segundo um balanço da agência France Presse (AFP) baseado em dados oficiais. Pelo menos 7.935.600 pessoas conseguiram curar-se da doença, em 196 países desde o início da pandemia, de acordo com dados da AFP, às 12:00.

No domingo, foram registados 4.584 óbitos e 224.583 novos casos em todo o mundo, com o maior número de novos mortos a ser registado no Brasil (716), na Índia (681) e nos Estados Unidos (514).

Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em número de mortos como em casos, com 140.534 mortos em 3.773.260 casos registados, segundo a contagem da Universidade John Hopkins, que indica que há neste país pelo menos 1.131.121 pessoas foram consideradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 79.488 mortos em 2.098.389 casos, o Reino Unido com 45.300 mortos em 294.762 casos, o México com 39.184 mortos em 344.244 casos e a Itália com 35.045 mortos em 244.434 casos.

Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que concentra um maior número de mortos em relação à sua população, com 85 mortos por cada 100 mil habitantes, seguida pelo Reino Unido (67), Espanha (61), Itália (58) e Suécia (56).

A China, sem contabilizar os territórios de Macau e Hong Kong, declarou oficialmente 83.682 casos (22 novos entre domingo e segunda), dos quais 4.634 mortos (0 novos) e 78.799 curados.

A Europa totalizava hoje, ao meio-dia, 205.420 mortos em 2.951.326 casos, a América Latina e Caraíbas 162.462 mortes em 3.830.779 casos, os Estados Unidos e o Canadá 149.416 mortes em 3.883.598 casos, a Ásia 50.972 mortes em 2.114.908 casos, o Médio Oriente 23.017 mortes em 1.010.923 casos, a África 15.166 mortes em 723.293 casos e a Oceânia 152 mortes em 13.672 casos.

Segundo a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de contaminações, dado que alguns países testam apenas os casos mais graves, outros utilizam testes prioritários para a triagem e vários países mais pobres dispõem de capacidades limitadas de despistagem.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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