Num comunicado, os ministérios da Economia e da Saúde indicaram a assinatura de um “acordo vinculativo” com o consórcio da alemã BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer para a aquisição de 30 milhões de doses da vacina BNT162 contra o novo coronavírus.

Com a francesa Valneva, foi alcançado um acordo de princípio para 60 milhões de doses e se a vacina VLA2001 der provas que é segura e eficaz, o Governo britânico tem a opção de comprar mais 40 milhões de dores.

A Valneva tem uma unidade de produção na Escócia que poderá beneficiar de fundos públicos para aumentar a capacidade, para além de beneficiar de apoios para efetuar testes clínicos no Reino unido.

Os dois negócios, adiantou o executivo de Boris Johnson, fazem “parte da estratégia para criar um portfólio de vacinas novas e promissoras para proteger o Reino Unido”, pois têm abordagens científicas diferentes.

O Governo britânico já tinha anunciado antes a compra de 100 milhões de doses de uma vacina em desenvolvimento pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, projeto no qual investiu dezenas de milhões de libras, bem como num projeto que já entrou na fase de testes clínicos da universidade Imperial College London.

Hoje, revelou que também vai ter acesso a tratamentos elaborados pela AstraZeneca de anticorpos que neutralizam o  SARS-CoV-2 para proteger pessoas que não podem ser vacinadas, como pessoas que sofram de cancro ou com problemas no sistema imunitário.

Paralelamente, o Governo britânico confirmou ter investido no desenvolvimento de 10 linhas de produção de máscaras no Reino Unido, tendo duas delas, no País de Gales e Inglaterra, já arrancado, e uma outra na Escócia prestes a iniciar o funcionamento.

O ministro do Conselho de Ministros, Michael Gove, afirmou que “este é um passo importante para garantir que o país pode responder a qualquer aumento na procura por proteções faciais” e que estas linhas de produção serão capazes de produzir milhões de máscaras para a população “sem colocar pressão adicional nas cadeias de abastecimento” dos serviços de saúde públicos.

A partir de sexta-feira, o uso de máscaras dentro de lojas e supermercados vai passar a ser obrigatório em Inglaterra, tal como já acontece nos transportes públicos.

O uso de máscara nas lojas já é obrigatório nos transportes públicos e lojas na Escócia, enquanto que o País de Gales anunciou que as máscaras vão ser obrigatórias nos transportes públicos a partir de 27 de julho, mas não estendeu a medida aos restantes espaços fechados.

O Reino Unido registou até domingo 45.300 mortes por covid-19 em mais de mais de 294 mil casos de contágio, de acordo com o ministério da Saúde britânico, mas estatísticas oficiais indicam que, incluindo casos que não foram confirmados por teste mas têm covid-19 na certidão de óbito, o balanço total ronda as 55.700 mortes.

A publicação dos números de mortes diárias em todo o Reino Unido está suspenso desde sexta-feira enquanto é feita uma investigação ordenada pelo ministro da Saúde devido a potenciais “falhas estatísticas” na forma como estavam a ser calculados.