"Temos o número de médicos que morreram por causa da covid-19, são 100, talvez mesmo 101 neste momento, infelizmente", indicou o serviço de imprensa da Federação Nacional das Ordens de Medicina Cirúrgica e Odontologia (FNOMCEO).
O site desta federação esta marcado com uma fita preta como sinal de luto e divulga os nomes de todos os médicos que já morreram, alguns dos quais reformados que foram recrutados para ajudar os serviços de saúde sobrecarregados pelo número de pacientes.
"Não podemos continuar a permitir que os nossos médicos, os nossos profissionais de saúde, sejam enviados para combater o vírus com as próprias mãos", escreveu Filippo Anelli, presidente do FNOMCEO.
"É uma luta desigual que nos fere, que fere os cidadãos, que fere o país", concluiu Anelli.
Trinta enfermeiras e cuidadores também morreram da covid-19, segundo os media italianos.
Segundo o Instituto Superior de Saúde (ISS), cerca de 10% das pessoas infetadas em Itália pertencem ao setor da saúde.
"O nosso objetivo é ajudar os pacientes (…) e estamos a demonstrar isso nesta pandemia. É entre os enfermeiros que encontramos a maior percentagem de profissionais de saúde com a covid-19, em torno de 52%”, declarou afirmou Barbara Mangiacavalli, presidente da Federação Nacional da Ordem Profissionais de Enfermeiros (FNOPI), citada por esta federação.
Entre os enfermeiros, existem aqueles que morrem da covid-19 por estarem próximos dos pacientes, mas fazem o seu trabalho sem hesitação", afirmou ainda Barbara Mangiacavalli.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 787 mil infetados e mais de 62 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.
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