O Governo minoritário, formado por uma coligação entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Unidas Podemos (extrema-esquerda), não teve dificuldade em reunir uma maioria de deputados para votar, pela sexta vez, a continuação do estado de emergência.

Isto, apesar de as duas maiores formações da oposição de direita terem votado contra a prorrogação, o Partido Popular e o Vox (extrema-direita), que são, respetivamente, o segundo e o terceiro maiores partidos do espetro político espanhol muito pulverizado.

O Ministério da Saúde espanhol comunicou hoje um total de 27.128 mortes no país devido à pandemia de covid-19, mais um do que o número de terça-feira, e 63 notificados cujo óbito ocorreu nos últimos sete dias.

Segundo os números divulgados, há 219 novos casos diagnosticados com a doença, elevando para 240.326 o total de infetados desde o início da pandemia.

Os dados diários indicam ainda que já passaram pelos hospitais 124.013 pessoas com a covid-19, tendo dado entrada na última semana 221.

Os serviços sanitários espanhóis recebem diariamente os números notificados pelas 17 comunidades autónomas do país que também fazem acertos em relação aos comunicados nos dias anteriores, o que tem levado a discrepâncias nos totais apresentados.

“A validação individual dos casos está em curso, pelo que pode haver discrepâncias em relação à notificação agregada dos dias anteriores”, avisam os serviços sanitários espanhóis.

Espanha vai prolongar por mais duas semanas, de 07 até 20 de junho, o estado de emergência em vigor desde 15 de março último.

A proposta deverá ser ao final da tarde de hoje pelo parlamento depois de o Governo minoritário ter garantido os apoios suficientes de outros partidos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.