“Dá-me ideia, sinceramente, de que, neste momento, não está suficientemente claro, nem está suficientemente preparado”, afirmou o líder social-democrata em declarações aos jornalistas.
À margem de uma visita ao Centro Hospitalar de São João, no Porto, Rui Rio disse partilhar da preocupação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que na segunda-feira defendeu que a sociedade portuguesa deve ser esclarecida o quanto antes sobre as regras sanitárias para o próximo ano letivo, que não podem ser consideradas apenas para “meia dúzia de eleitos” perceberem.
Para o social-democrata, a abertura do ano letivo é uma matéria que deve preocupar a todos na medida em que está em causa não só o futuro das crianças, mas também do país.
Nesse sentido, Rio considerou necessário que o Governo estabeleça diretrizes muito claras para todas as escolas, por forma a que as instituições possam agir em conformidade, assim como pais, diretores e alunos.
“Eu com isto não quero fazer demagogia. Tenho consciência clara de que é muito difícil de organizar. Tenho consciência disso, nunca critico aquilo que não tenho a certeza de que é possível fazer melhor. Agora temos de forçar o Governo, como diz e bem o Presidente da República, a dizer exatamente quais as medidas que se pretendem, os meios que existem e como tudo claramente vai funcionar. Isso é preciso. Será ótimo, será ideal? o ótimo e ideal não existem, mas regras tem de haver”, salientou.
Na segunda-feira, a Federação Nacional da Educação, a Confederação Nacional das Associações de Pais e a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas tinha já deixado um apelo para que as orientações para o ano letivo 2020/2021 sejam “claras e coerentes”.
Num ano letivo que se perspetiva “atípico” devido à pandemia de COVID-19, as três organizações apresentaram um documento conjunto onde expõe as suas preocupações e sugestões para o ano letivo 2020/2021.
A pandemia do coronavírus que provoca a COVID-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.824 pessoas das 58.243 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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