Segundo o Governo, a sessão vai realizar-se pelas 10:00, no auditório do Infarmed, em Lisboa, fechada à comunicação social, com "diversas apresentações técnicas, designadamente por parte de epidemiologistas da DGS (Direção-Geral da Saúde), INSA (Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge), ISPUP (Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto) e ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública)".
O gabinete do primeiro-ministro adiantou à agência que António Costa convidou também para esta sessão os líderes das confederações patronais e os líderes das estruturas sindicais, além das já referidas presenças de Marcelo Rebelo de Sousa, Ferro Rodrigues e líderes dos partidos políticos com representação parlamentar, "cumprindo o dever de manter a informação aberta e a cooperação entre os diferentes órgãos de soberania, forças partidárias e parceiros sociais".
Portugal com 23 mortes
Portugal tem 23 mortes associadas ao vírus da covid-19 confirmadas, mais nove do que no domingo, e 2.060 pessoas infetadas, segundo o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS). Estão confirmadas nove mortes na região Norte, cinco na região Centro, oito na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, revela o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de domingo.
Das 2.060 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (1.859) está a recuperar em casa, 201 estão internadas, 47 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos. De acordo com os dados da DGS, há mais 460 casos (22,3%) confirmados de infeção com o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, do que no domingo.
Desde 01 de janeiro existem 13.674 casos suspeitos, dos quais 1.402 aguardam resultado laboratorial. Houve ainda 10.212 casos em que os testes não confirmaram a infeção e 14 doentes que já recuperaram.De acordo com o relatório da situação epidemiológica em Portugal, existem 11.842 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde (menos 720, face a domingo).
Pandemia alastra
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos e mais de 33 mil infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 24 mil casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras. Em Portugal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu decretar Estado de Emergência no dia 18 de março. A medida foi aprovada no Parlamento, sendo que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou uma série de medidas para combater pandemia.
Portugal está em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira e assim permanecerá, pelo menos, até às 23h59 de 2 de abril.
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